Stress é um termo Anglo-Saxónico definido como sendo um conjunto de sinais do organismo perante o esforço que o indivíduo faz para se adaptar às circunstâncias.
Se a pessoa sentir que, apesar do estado de tensão provocado, tem capacidade de resposta para lidar com a situação dificil e que resulta uma mudança positiva, falamos do Eustress . Se por outro lado, o desgaste físico e mental acompanhado a perceção de que os recursos de resposta que possuo são insuficientes para responder ao problema falamos do Distress .
Stress é diferente da Ansiedade?
A ansiedade é um sentimento, sinal do nosso organismo à incapacidade ou dificuldade de deixar solidificar como associado ao sentimento que originou o estímulo. Muitas vezes, como emoções como: medo; vergonha; perda; raiva, mas também o amor por exemplo, sentidas como desagradáveis ??para o próprio e na relação com os outros, acabam por “esconder-se” e surgem apenas os sinais de que algo não está bem - ansiedade.
O stress é um processo mais consciente no sentido em que mais facilmente percebemos o que o provoca e tende a desapacecer quando uma situação desencadeadora deixa de estar presente.
A ansiedade pode coexistir com o stress na medida em que perante o stressor muitas vezes o sentimento surge acompanhado de pensamentos de incapacidade e inadequação. Assim podemos dizer que ansiedade acompanha o processo de estresse, mas nem sempre a ansiedade implica o estado de tensão - estresse.
Importa perceber que ambos expressam a tentativa de adaptação da pessoa contudo nem sempre favorecem o bem-estar e a saúde da pessoa.
Saiba, aqui, tudo sobre ansiedade.
Sintomas do Stress
Sintomas físicos do Stress:
- Taquicardia;
- Tensão muscular;
- Alterações do Sono;
- Disfunções Sexuais;
- Sistema imunitário enfraquecido;
- Hipertensão;
- Etc.
Sintomas Psicológicos do Stress:
- Ansiedade ;
- Irritabilidade;
- Isolamento;
- Pessimismo frequente;
- Perturbações da atenção e memória;
- Etc.
Como se manifesta o stress no corpo?
No contacto com a situação sentida como agressiva a pessoa perceciona se terá capacidade para responder e adaptar-se à mudança. Se sentir que não tem competências para lidar com a situação vai ser desencadeado o processo de resposta à situação stressora.
Em simultâneo com a perceção de perigo é ativado o sistema nervoso simpático que prepara o organismo para fugir ou confrontar a situação aversiva. Nesta fase, são libertadas hormonas que preparam o organismo para agir, a adrenalina por exemplo. Aumenta o ritmo cardíaco e o sangue flui para as extermidades, os músculos aumentam também nesta altura. Naturalmente surgem sentimentos como a ansiedade, medo ou raiva, por exemplo.
Numa segunda fase, quando a perceção de ameaça ou perigo desaparece, é ativado o sistema nervoso parassimpático que traz uma resposta de relaxamento. São libertadas substâncias para a corrente sanguínea como sejam o cortisol e endorfinas, hormonas que propiciam o bem-estar e vão baixar o volume de adrenalina no corpo, diminui o ritmo cardíaco e a tensão muscular.
Se o stressor não desaparecer num curto/ médio espaço de tempo, o organismo vai estar exposto à adrenalina e cortisol frequentemente. O efeito destas substâncias pode ter um papel adaptativo em doses moderadas, no entanto, em altas e recorrentes doses pode potenciar o enfraquecimento dos vasos sanguíneos, alteração dos mecanismos da insulina e o próprio desgaste das glândulas que as produzem. Com o tempo, o sistema imunitário pode ficar enfraquecido e, muitas vezes, apenas algum tempo depois da situação stressante desaparecer notam-se os efeitos do processo no corpo.
Quais as fontes do stress?
São várias as fontes de stress, que podem ser desde situações relacionais; familiares; de trabalho; bem como processos de luto e de doença. Estas situações podem ser sentidas como estando fora do controle da pessoa, por exemplo: a perda de emprego, doença familiar ou a morte de alguém próximo.
Situações que exigem mudança e adaptação vão exigir resiliência e capacidades específicas para lidar com as situações.
Que tipo de intervenções existem para lidar com o stress?
Podemos pensar que existem três tipos de intervenções: preventivas; de suporte e remediativas.
As primeiras, as preventivas, são aquelas que atuam ao nível da resolução direta do problema que causa o stress. Se o motivo que desencadeia as respostas de stress é por exemplo o conflito com a chefe porque o trabalho das horas extra não está a ser pago, há uma tentativa de resolver o problema de forma a que ambas as partes fiquem satisfeitas com a solução encontrada.
As intervenções de suporte acontecem quando há ou não o diagnóstico de stress, e assim são adquiridas competências para lidar com a situação que gera o stress e/ou para lidar com os sintomas do stress. Por exemplo, um aluno que tem dificuldade em falar perante a turma durante as apresentações orais e mostra ter reações de stress nestas ocasiões pode ser inserido em programas para aprender a comunicar oralmente e/ou programas para aprender sobre técnicas de relaxamento.
As intervenções remediativas implicam o aconselhamento clínico individual uma vez que os sintomas de stress estão instalados. Por exemplo numa situação de luto patológico em que há a dificuldade em aceitar a perda do ente querido, pode ser necessária a intervenção de vários profissionais, como seja o Psicólogo e o Psiquiatra, podendo haver também a necessidade de suporte através da medicação.
Estratégias para Gerir o Stress
As estratégias que podem facilitar a gestão do stress são várias e prendem-se sempre com as caraterísticas individuais e os potenciais stressores para aquela pessoa em particular. Antes de mais, obter algum auto-conhecimento vai ajudar-nos a perceber os nossos pontos fortes e aqueles em que nos sentimos mais vulneráveis ??e assim ganhar competências que nos devemos responder ao estresse e aos seus efeitos.
De uma forma geral é importante:
- termos uma boa gestão emocional;
- termos uma gestão de tempo eficaz;
- sabermos gerir conflitos e relações;
- termos uma rede de suporte;
- sermos assertivos na comunicação;
- termos bons hábitos alimentares;
- termos boa higiene do sono;
- praticarmos exercício físico;
- Praticarmos atividades relaxantes;
- Procurarmos ajuda quando percebemos que precisamos.