A dermatite seborreica ou eczema seborreico é uma doença inflamatória da pele, habitualmente crónica. Apesar da designação, não significa que quem dela sofre manifeste seborreia, isto é aumento da secreção sebácea (tipo sebo) da pele.
Sintomas na dermatite seborreica
As manifestações da doença variam consoante a idade e o género (sexo) do doente. Contudo, tratando-se de uma doença inflamatória, observa-se em particular a pele vermelha, podendo condicionar prurido, e uma descamação caraterística, amarelada.
Pode afetar o couro cabeludo, no qual por vezes se confunde com a caspa vulgar, a face e o tronco.
Nas crianças pode, ainda, envolver a área da fralda. Em casos mais graves, felizmente raros, pode inflamar quase toda a superfície da pele.
Dermatite seborreica tem cura?
Os casos infantis têm habitualmente um bom prognóstico. Contudo, no adulto, a dermatite seborreica segue tipicamente um curso crónico, com períodos de agudização (agravamento).
Tratamento da dermatite seborreica
O tratamento dependerá da localização e da gravidade da dermatite seborreica. Uma boa parte dos casos controlar-se-á com tratamentos locais, à base de champôs, cremes e outras formulações, as quais contêm na sua composição fármacos de ação antifúngica e/ou anti-inflamatória, visando controlar a infeção, a descamação e um fungo que se pressupõe desempenhar um papel patogénico relevante.
Em casos mais graves, recorrer-se-á a imunomoduladores tópicos e a outros tratamentos administrados por via oral. É preciso, no entanto, alertar que a dermatite seborreica pode facilmente confundir-se com outras doenças de pele, cujo tratamento e prognóstico é completamente diferente, pelo que é essencial um correto diagnóstico. Acresce que esta doença pode associar-se ou agravar-se pela toma de determinados medicamentos ou pela presença de outras doenças, como é o caso da infeção por VIH (vírus da imunodeficiência humana).
Sendo a face um local frequentemente envolvido e a doença crónica, é preciso ter cautela com a aplicação de determinados medicamentos, os quais podem causar alterações permanentes da pele, como é o caso potencial dos cremes à base da conhecida “cortisona”, entre outros.