O calázio ou chalázio é um pequeno quisto ou nódulo, tipicamente entre 2 e 8 mm, cheio de líquido, com um aspeto de "inchaço ou caroço na palpebra" (veja foto superior). Pode desenvolver-se na pálpebra inferior ou na pálpebra superior, embora seja mais frequente na superior. O calázio pode afetar apenas um olho ou os dois olhos.
Para melhor identificar o que é o calázio nos olhos, veja as imagens ou fotos acima, onde é claramente identificado um nódulo na pálpebra superior. O calázio pode desenvolver-se na face exterior da pálpebra (calázio externo) ou, então, na face interna (calázio interno), podendo ainda crescer sobre a extremidade livre (calázio marginal).
O calázio no olho é uma doença frequente e muitas vezes desaparece espontaneamente (sem qualquer intervenção). Não é uma doença maligna e não é contagiosa. De um modo geral, o calázio nos olhos não é perigoso e não afeta a visão, pois o nódulo não é suficientemente grande para distorcer a superfície ocular e causar redução da acuidade visual. Contudo, em determinadas circunstâncias a visão pode ser afetada se a tumefação for considerável.
Apesar de, por vezes, confundidos, o hordéolo (glândula da pálpebra inflamada) e o calázio são doenças distintas.
Saiba, aqui, o que é o hordéolo.
Causas do calázio
As causas para o aparecimento do calázio são todas as que impedem a drenagem da gordura das glândulas de Meibomio. Se a glândula fica bloqueada, então o fluido não pode ser libertado e produz um "inchaço" cheio de fluido (quisto) formando o calázio. Algumas pessoas têm secreções da glândula meibomiana mais espessas, por isso, têm maiores probabilidades de virem a desenvolver um calázio. A blefarite também pode ser a causa para o surgimento do calázio.
Saiba, aqui, tudo sobre blefarite.
Algumas doenças da pele, como o eczema e acne rosácea também são uma das possíveis causas para o surgimento do calázio. Em casos raros, os calázios podem ser causados pelo cancro da pele.
Se determinado doente já desenvolveu um calázio no passado, existe um risco acrescido de vir a desenvolver de novo a doença.
Em termos de prevenção, a higiene das mãos e da cara, bem como evitar o contacto das mãos, fundamentalmente, quando estão sujas com os olhos é umas das principais medidas a tomar, pois a sujidade aumenta o risco de desenvolver a doença. O aparecimento repetido de calázios, pode indicar algum problema refrativo, como astigmatismo, miopia ou hipermetropia, pelo que a consulta no oftalmologista é de primordial importância para diagnosticar eventuais erros refrativos ou outros problemas de visão.
Sinais e sintomas no calázio
O calázio também se pode desenvolver internamente.
Calázio tem cura?
O calázio tem cura. Se o calázio no olho não desaparece de uma forma espontânea, habitualmente, até ao fim de um mês, é necessário intervenção cirúrgica para resolver o problema. Veja, de seguida, como tratar o calázio.
Tratamento para o calázio
No calázio, o tratamento médico passa, habitualmente, pela administração de anti-inflamatórios em gotas (colírio) ou pomada.
Alguns doentes que desenvolvem calázios de forma recorrente, podem beneficiar da administração de tetraciclina oral de baixa dose que altera o metabolismo das glândulas de Meibomio.
Apesar dos tratamentos médicos, podem ser tomadas algumas medidas em casa que podem ajudar na resolução (ou prevenção) do problema. Veja, em seguida, em que consistem esses tratamentos.
Tratamento caseiro para o calázio
Em termos de tratamento caseiro ou natural do calázio, a aplicação de compressas quentes nas pálpebras por cerca de 10 minutos, várias vezes ao dia, permite-lhe reduzir o edema (o inchaço), suavizando a gordura na glândula bloqueada, o que deve ajudar o quisto a drenar, de forma natural, resolvendo desta forma o problema. Pode também massajar a lesão, delicadamente, várias vezes ao dia para tentar drená-la. Antes de fazer isso, certifique-se que as suas mãos estão limpas. O uso regular de compressas quentes aplicadas nas pálpebras fechadas durante cinco minutos antes de dormir pode ser útil na prevenção do entupimento das glândulas Meibomianas durante a noite. Em pessoas com seborreia da pele e com calázios recorrentes, compressas quentes e limpeza cuidadosa das margens das pálpebras podem ser úteis na prevenção.
Na larga maioria das vezes, os tratamentos médicos e as medidas em casa são eficazes. Contudo, em determinadas circunstâncias os tratamentos médicos não conseguem resolver o problema tendo que se recorrer ao tratamento cirúrgico. Veja, de seguida, como devemos tratar cirurgicamente o calázio.
Cirurgia do calázio
A operação ou cirurgia de calázio é geralmente um último recurso no tratamento da doença. A cirurgia ou exerese de calázio consiste numa pequena intervenção cirúrgica. Habitualmente, a operação é efetuada sob anestesia local que dura entre 5 a 10 minutos. A cirurgia de calázio não deixa cicatriz, pois é efetuada, normalmente, pela parte interna da pálpebra.
Recuperação na cirurgia do calázio
Na cirurgia de calázio, a recuperação é rápida. O tempo de recuperação é curto, podendo os doentes voltarem à sua atividade normal um dia após a cirurgia.
Quanto custa uma cirurgia?
O preço de uma cirurgia de calázio pode variar de acordo com o tipo de procedimento necessário e do seguro de saúde associado (caso exista). Contudo, na maioria dos casos, a operação é relativamente simples permitindo que o seu valor não seja elevado.
Apenas o médico oftalmologista poderá saber quanto custa uma cirurgia de calázio, após avaliação em consulta.