Exercício físico nos idosos

Atividade física nos idosos

Importância da atividade física nos idosos

O exercício é fundamental para a saúde e bem-estar de todos os seres humanos, incluindo os idosos.

Tratando-se de um adulto mais velho, a atividade física pode ajudar a prevenir ou a retardar muitos dos problemas de saúde que surgem com o passar da idade. Ajuda também na manutenção dos músculos, tornando-os mais fortes, para que a pessoa consiga realizar as atividades do dia-a-dia sem se tornar dependente dos outros. Veja mais informação em “Benefícios do exercício físico nos idosos”.

Os idosos devem evitar o sedentarismo, em prol de uma vida saudável, devendo, por isso, manter-se ativos, na medida do possível. Idosos que se sentam menos e fazem algum tipo de atividade física de intensidade moderada a vigorosa ganham em termos de benefícios para a saúde.

Na presença de alguma patologia (doença), o idoso deve aconselhar-se com o seu médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física. Contudo, o exercício físico é seguro para a maioria dos adultos com mais de 65 anos de idade, mesmo que apresentem alguns problemas de saúde, como veremos, mais tarde, neste artigo. Mesmo os pacientes portadores de doenças crónicas podem exercitar-se com segurança, designadamente os que padecem de doenças cardiovasculares, hipertensão (tensão alta), diabetes e artrite, etc. Na verdade, muitas destas patologias melhoram com a prática de exercício físico.

Sedentarismo nos idosos

Cerca de metade do declínio físico associado ao envelhecimento pode ser devido à falta de atividade física. Sem exercício físico regular, as pessoas com mais de 50 anos de idade estão mais propicias a desenvolver uma série de problemas de saúde, a saber:

  • Redução da massa muscular, força e resistência física;
  • Coordenação e equilíbrio reduzidos;
  • Flexibilidade e mobilidade das articulações reduzidas;
  • Redução da função cardiovascular e respiratória;
  • Diminuição da força óssea;
  • Aumento dos níveis de gordura corporal;
  • Aumento da tensão arterial;
  • Aumento da suscetibilidade a distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão;
  • Aumento do risco de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC);
  • Entre outros.
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Mitos comuns associados à atividade física nos idosos

Uma grande parte dos idosos acredita que o exercício físico já não é apropriado para eles, sem qualquer fundamento. Algumas das opiniões mais comuns que levam as pessoas mais velhas a abandonar a atividade física incluem:

  • Os idosos são frágeis e fisicamente fracos;
  • O corpo humano não precisa de tanta atividade física quando envelhece;
  • O exercício é perigoso para as pessoas mais velhas porque elas podem magoar-se;
  • Só um exercício vigoroso e sustentado serve para alguma coisa;
  • Entre outros.

É importante realçar que este tipo de afirmações são meros mitos, ou seja, não possuem qualquer fundamento técnico e científico. A atividade física aporta enormes benefícios para a saúde em qualquer faixa etária, incluindo as pessoas da terceira idade.

Benefícios do exercício físico nos idosos

Como um adulto mais velho, o exercício pode ajudar a melhorar inúmeros aspetos da saúde geral do idoso, nomeadamente:

Manter ou perder peso

Como a atividade do metabolismo naturalmente diminui com a idade, manter um peso saudável pode tornar-se um desafio. Exercício regular ajuda a acelerar o metabolismo e a formar massa muscular, ajudando o corpo a “queimar” mais calorias.

Reduzir o impacto da doença e da doença crónica

As pessoas que se exercitam tendem a ter melhor funcionamento do sistema imunitário e do aparelho digestivo, melhor tensão arterial e densidade óssea, e um menor risco de doença de Alzheimer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, osteoporose e certos tipos de cancro.

Melhorar a mobilidade, flexibilidade e equilíbrio

O exercício aumenta a força, a flexibilidade e a postura, o que por sua vez, pode ajudar no equilíbrio e na coordenação motora, permitindo reduzir o risco de quedas. Treino de força (levantamento de pesos, por exemplo) também pode ajudar a aliviar os sintomas de patologias crónicas, como a artrite, etc.

Melhorar o sono

A qualidade do sono é vital para a saúde geral à medida que se envelhece. A atividade regular pode ajudar o idoso a adormecer mais rápido, dormir mais profundamente e acordar sentindo-se mais enérgico e revigorado.

Saiba, aqui, tudo sobre disturbios do sono.

Melhorar o humor e a autoestima

O exercício constitui uma importante ajuda no alívio do stress e as endorfinas produzidas podem realmente ajudar a reduzir os sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade. Ser ativo e sentir-se forte também pode ajudar a sentir-se mais autoconfiante, melhorando a sua autoestima

Saiba, aqui, tudo sobre stress.

Melhorar a função cerebral

A atividade física pode ajudar a manter o cérebro ativo. Pode ajudar na manutenção de funções cerebrais diversas e ajudar a prevenir a perda de memória, declínio cognitivo e demência. Ficar ativo pode até mesmo ajudar a retardar a progressão de distúrbios cerebrais, como a doença de Alzheimer.

Segurança durante o exercício físico

É importante consultar um médico especialista, se tiver mais de 50 anos e não estiver habituado a fazer exercício, antes de iniciar uma rotina de atividade física.

Antes de iniciar qualquer tipo de exercício físico deverá informar o profissional de saúde se padecer de alguma das seguintes situações:

  • Tonturas ou dispneia (falta de ar);
  • Dor no peito;
  • História de coágulos sanguíneos;
  • Histórias de infeção;
  • Feridas que não cicatrizam;
  • Qualquer edema (inchaço) nas articulações;
  • Cirurgia recente;
  • História de hérnias;
  • Entre outros.

Se o idoso ainda não está ativo, ou seja, não realiza qualquer tipo de atividade física, deverá começar de uma forma gradual. Deve iniciar a atividade física com exercícios com os quais se sinta confortável. Começar lentamente diminui a probabilidade de o idoso se magoar e também ajuda a prevenir a dor.

É também recomendado usar roupas largas e confortáveis e calçado robusto e bem ajustado ao pé. O calçado deve ser concebido para o tipo de atividade física a ser praticada e devem também ter um bom suporte para o pé.

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